As cruzadas foram
expedições enviadas à Palestina para recuperar a liberdade de acesso dos
cristãos a Jerusalém, a guerra pela terra santa que durou do século XI aos XIV,
foi iniciada logo após o domínio dos árabes sob essa região considerada sagrada
aos cristãos, após o domínio da região, os araber começaram a impedir a
peregrinação dos europeus através da captura e do assassinato de muitos
peregrinos que visitavam o local, unicamente pela fé. Diante dessa situação, o
Papa Urbano II convocou a primeira
cruzada com o objetivo de expulsar os “infiéis” da Terra Santa, contudo, a
primeira batalha fracassou e muitos perderam suas vidas neste combate, no
entanto, as batalhas entre árabes e católicos, duraram cerca de séculos,
deixando milhares de mortos e um grande rastro de destruição.
A segunda Cruzada convocada pelo Papa
Eugênio III, foi comandada por Conrado II, imperador germânico, e Luis VII, rei
da França, atravessou primeiro o estreito e passou para a Ásia Menor onde
foi atacado pelos árabes na região de Dorileia, em outubro de 1147. Tendo
sofrido muitas perdas recuou para Nicéia. Luís VII seguiu pelo litoral da
Anatólia, mas em janeiro de 1148 acabou cercado pelos muçulmanos nos
desfiladeiros de Pisidia e perdeu muitos homens. A infantaria, que tentou
continuar por terra, foi massacrada pelos arabes em fevereiro. A
expedição acabou por complicar a relação entre os reinos cruzados, bizantinos e
governantes muçulmanos.
A terceira
cruzada pregada pelo Papa Gregório VIII após a tomada de Jerusalém por
Saladino em 1187, foi denominada cruzada dos Reis, denominada pela participação
dos três principais soberanos europeus da época: Filipe Augusto (França),
Frederico Barbaruiva (Sacro Império Romano Germânico) e Ricardo Coração de Leão
(Inglaterra), constituindo a maior força cruzada já agrupada. Na travessia para
a terra Santa, o rei Frederico Barbaruiva, morreu afogado, sem a sua liderança o
gigantesco exército alemão rapidamente se desintegrou. A maior parte dos
soldados voltou para a Alemanha apenas uns poucos se decidiram a seguir para a
Terra Santa. Em 8 de julho, os muçulmanos se renderam, e os cristãos penetraram
na cidade. Saladino bateu em retirada e Filipe Augusto voltou para a França,
deixando o comando dos exércitos cristãos ao Rei Ricardo Coração de Leão. Apesar de não conseguir o
principal objetivo da Terceira Cruzada que era a reconquista de Jerusalém,
Ricardo ganhou prestígio e respeito dos povos cristãos e muçulmanos, o mesmo
acontecendo com Saladino, transformado em herói no Oriente e em exemplo de
cavalaria medieval na Europa.
A quarta
cruzada foi
convocada por Inocêncio III e denominada também Cruzada Comercial por ter sido
desviada de seu intuito pelo duque Dândolo, esta, levou os cristãos a saquearem
a cidade de Zara e Constantinopla, fazendo com que o abismo entre Igreja
Católica e Igreja Ortodoxa se estabelecesse definitivamente. Com o aval de Inocêncio III, os venezianos
dominam Constantinopla e criam novos impostos. A
tomada de Constantinopla marcou a presença do Império Latino, servindo de ponte entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Morto. A quinta cruzada também da iniciativa de
Inocêncio III, mais somente posta em prática por Honório III e liderada por
Andre II (Rei da Hungria), Leopoldo VI (Duque da Áustria), Jean de Brienne (Rei
de Jerusalém) e Frederico II (imperador do Sacro-Império). A expedição tocou em
Acre e depois avançou para o Egito, conquistando uma pequena fortaleza. Em 1219, com um acordo de paz,
os muçulmanos propõem a entrega de Jerusalém aos cristãos com a condição de que
eles se retirem do Egito, porém, a oferta é negada, alegando que os egípcios
não resistiriam ao ataque dos cruzados com a chegada de Frederico II. Para a retirada completa dos cristãos, os
egípcios fizeram uma nova proposta: deixaria eles se retirarem com vida caso
aceitassem a imposição de uma trégua por oito anos de paz. Sem a chegada das
tropas de Frederico II, os cruzados tiveram que se retirar da cidade, sem
nenhum progresso, visto como o personagem central do fracasso da Quinta
Cruzada, Frederico II foi excomungado da Igreja pelo papa Gregório IX. A sexta cruzada lançada pelo Imperador do
Sacro Império, Frederico II, herdeiro do trono de Jerusalém pretendia reclamar
seus direitos sobre Chipre e Jerusalém-Acre, Frederico II era partidário do diálogo com os muçulmanos em lugar
de se resolver as questões por via de guerras. O Papa Gregório IX não ficou satisfeito com o
comportamento de Frederico II e o atraso que causara no avanço da Cruzada e
então, pela primeira vez, o excomungou. Frederico II foi finalmente coroado rei
de Jerusalém, do qual era herdeiro. Mas o relacionamento com a Igreja Católica
não estava nada bom, por duas vezes já havia sido excomungado e não tinha apoio
do mundo cristão. Com medo de perder o trono na Germânia e em Nápoles por conta da Cruzada convocada pelo
Papa Gregório IX para atacar seus domínios, Frederico preferiu retornar à
Europa para tentar mantê-los. Na sétima
cruzada o
Papa Inocêncio IV abriu o concilio de Lyon, o rei da França Luis IX expressou o
desejou de ajudar os cristãos do levante, Luis IX levou três anos para
embarcar, mas o fez com um respeitável exercito de 35.000 mil homens.
Aproveitou o monarca francês as perturbações causadas pelos mongóis no Oriente
e partiu, de Aigues-Mortes para o Egito, escalou em Chipre, para depois atacar
o Egito, porém, sua tática não deu certo, ocasionando em uma derrota com sérias
conseqüências, o exército sucumbiu a várias doenças, sendo que especialmente
o tifo foi responsável por dizimá-lo. Sem o grandioso exército que organizara,
Luís IX preferiu bater em
retirada.
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