terça-feira, 23 de outubro de 2012

A Santa Inquisição


A Idade Média foi controlada inteiramente pela Igreja Católica, a Igreja impôs regras de comportamento a todas as classes sociais, e quem tentasse agir de forma diferente era caçado, torturado e morto em praça pública. O que ficou conhecido como bruxaria na Idade Média foi, além de comportamentos considerados anormais, o fato de pessoas que podiam estar doentes, como por contaminação do fungo encontrado no centeio, alimento em grãos que era utilizado para fazer pães nas classes mais pobres, o fungo deixava a pessoa com depressão, confusão mental, perda de consciência e mãos e pés pálidos, podendo levar ao coma e a morte, eram consideradas manifestações de cultos a forças inferiores, tinha também os epiléticos que eram facilmente confundidos devido às convulsões por estarem possuídos pelo demônio. Porém, eram mais reconhecidas pelo fato de conhecerem ervas que ajudava a curar enfermidades, antes da igreja intitulá-las como adoradoras do satã, eram consideradas mulheres sábias, a igreja considerava estas práticas feitiçaria, pois só Deus podia decidir se uma pessoa seria curada ou não, então eram torturadas até confessarem serem bruxas, quando confessavam eram esganadas e depois queimadas, porém, quando não confessavam, eram queimadas vivas por contrariar a vontade de Deus e obedecer ao diabo.
 Eram usados vários métodos de tortura para comprovar que o acusado era feiticeiro, as mulheres eram totalmente depiladas pelos torturadores e então estes procuravam sinais de satã no corpo, que podiam ser manchas, verrugas, mamilos muito enrugados (seria um sinal de quando a mulher amamentava os demônios), mas também poderia existir algum sinal invisível aos olhos humanos, então elas eram furadas com pregos ou lâminas por todo o corpo para descobrirem se existiam partes do corpo que eram insensíveis ao toque (seria um sinal de que fora tocada ali pelo diabo), seus seios eram arrancados por instrumentos como alicates, eram mergulhadas em água fervente, estupradas com objetos cortantes. Existiu mais de 24 métodos de tortura e execução dos acusados, acredita-se que foram julgados e condenados à morte, 35 mil a 60 mil pessoas, 75% mulheres, e os outros 25% dividiam-se entre homens e crianças que eram consideradas herdeiras do mesmo mal. Talvez o método de tortura mais famoso seja o da inquisição ou também conhecido como pêndulo onde a pessoa era amarrada com os braços para trás pelos punhos numa corda que era estendida por uma roldana num eixo, o carrasco puxava essa corda e então soltava de repente, causando assim deslocamento nos ombros, quebrava os braços, rompia as articulações e causava dor imensa. O método de execução mais conhecido é o da guilhotina, onde uma lâmina era presa por uma corda e apoiada por dois troncos, que era solta e descia violentamente decapitando a vítima. Este fato histórico teve início em 1450 e durou por volta de 300 anos até 1750 com a chegada do Iluminismo.
(Nathalia Volpato)

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