terça-feira, 23 de outubro de 2012

Infantaria

No capítulo anterior foi falado sobre armaduras medievais, onde fora explicado todos os componentes básicos de uma armadura e suas formas de uso, bem como a sua efetiva utilização em combate e na guerra. Neste capítulo, falaremos justamente sobre o motivo do uso das armaduras, as armas.
Na terra média a pólvora ainda não havia sido amplamente difundida, poucos reinados e ducados conheciam o seu uso e suas formas de utilização. A pólvora fora inventada na China antiga e sua receita ficou em segredo durante muito tempo para manter o monopólio do comercio, assim como a seda. 
O uso da pólvora como arma de fogo veio bem depois e geralmente era usado em armas de massacre, como os grandes canhões e algumas poucas "garruchas" de um tiro só. Mas antes deste tempo a reação da pólvora com o fogo era entendida como magia, era só mais uma forma de submissão.
Se quase não existiam armas de fogo, então, como aconteciam as guerras e os combates?
A resposta para esta pergunta é bem simples, as lutas em sua maioria eram combates corpo-a-corpo, logo, as lutas eram munidas por armas brancas.
Essa armas brancas eram classificadas de acordo com o seu modo de uso, por exemplo, a uso mais comum de uma espada eram os golpes desferidos com o fio, de ambos os lados, portanto, esta era uma arma de corte. Todavia, nada impedia que o esgrimista a utilizasse como uma arma de empalamento.
Além das espadas, existiam outras variantes das armas de corte como os machados de batalha, que eram peças grandes e pesadas que destroçavam os membro dos guerreiros; as cimitarras, que eram as espadas curvadas das tribos do deserto; as alabardas, conhecidas por serem usadas pelos guardas dos palácios para  impedir a entrada de indivíduos não autorizados nas dependências do castelo. Essas tinham cabos longos cabos e geralmente eram armas de duas mãos, nas suas pontas existiam uma lâmina de corte como uma espécie de machado.
Entre as espadas também haviam mais ou menos 7 variantes da linha principal de espadas. Em geral essas armas eram compostas por fortes ligas de metal, que eram mais resistentes que o metal das armas, ou não. O papel do "blacksmith" era achar um metal forte o bastante para compor a espada de seu guerreiro, para que esta penetrasse a armadura do inimigo, tornando o trabalho do "blacksmith" do inimigo achar a composição perfeita para a armadura de seu soldado, para que sua armadura não seja penetrada.
Em primeiro lugar estavam as espadas de empunhadura unica, geralmente pequenas e que permitiam o porte de um escudo. Em segundo lugar existiam os montantes, que eram as espadas de duas mãos, muito pesadas e de empunhadura dupla, excluindo o uso de escudo. Esses também eram conhecidos como espadas de duas mãos. Na Escócia existia uma variante, chamada de claymore. 
Depois da linha principal de espadas existiam as variantes. A primeira era a espada bastarda. Ela era chamada assim porque não se encaixava entre as espadas montantes e nem entre as de empunhadura única, sendo um intermediário.
As espadins foram espadas bem diferentes para a época em que estavam inseridas, elas tinham uma lâmina bem fina e longa com uma empunhadura diferenciada, também. O cabo do espadim tinha a vantagem de envolver a mão, evitando golpes desta região. Ela não era conhecida por ser uma espada de corte, mas de perfuração/ empalamento. Ela também tinha o nome de rapiera em outras regiões.
A região da Escandinávia e da Irlanda contava com uma armas mais rústicas, os scramasax, que eram parecidas com adagas. O próprio povo saxão recebeu esse nome por conta do uso da arma. E para finalizar, os sabres, ou Szabla, as espadas polacas.
Depois das armas de corte existiam aquelas de perfuração, comumente chamadas de lanças. Na idade média existiram três lanças. A alabarda, que além da ponta também tinha uma lâmina na sua parte de ferro, o espontão, que era a lança com mais de dois metros, muito usada pela linha de frente nas lutas de colisão e por fim o pique, que compunha a cavalaria.
Em ultimo lugar na classificação das armas corpo-a-corpo ficavam as armas de esmagamento como as clavas, manguais, martelos de guerra. Esses eram eficazes para combater as fortes armaduras, para que fossem quebradas, podendo penetrar nos soldados.
Em segundo plano encontravam-se as armas de combate à distancia. Esses são em geral mais lembrados pelos grandiosos arcos, todavia existia uma variação desse que se desenvolveu na idade média que era a besta, ou balestra. O grande diferencial da balestra era a tensão que a corda poderia exercer e o tempo que essa tensão poderia suportar, uma vez que esta tinha uma trava que poderia deixar a flecha no ponto, permitindo a mira exata do alvo.

Um comentário: